como um cãozinho fechado dentro de uma caixa trancafiada...
como um cavaleiro valente que sem a sua espada não é nada...
como um relógio de bolso parado e perdido no tempo...
como os espectros que se comunicam através do vento...
Sinto-me
como um trilho sem trens tomado pelo matagal...
como uma andorinha levada pelo temporal...
como um corredor prostrado em sua imensa escuridão...
como um corredor prostrado em sua imensa escuridão...
como uma árvore sem ninhos e folhas e pássaros em pleno verão...
Sinto-me
como uma velha ponte abandonada sobre um rio...
como um recém-nascido recém exposto ao frio...
como uma porta sem passado...
como ter ido sem ter sequer chegado...
Sinto-me
como um serrote banguelo...
como aquele que perde a donzela em um duelo...
como o último delírio do Universo...
como num pesadelo perverso...
Sinto-me
como um peixe içado por um anzol...
como um presidiário sem banho de sol...
Sinto muito, mas sinto-me assim
: meu eu é eunuco diante de mim................................................
Sinto-me
terno
e eterno!
E o meu coração sempre foi meu
eu...
Meu erro...
Meu berro!
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