Silêncio~Primal

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Pôr do Sol Nascente


Num braço bem forte
uma âncora tatuada.
E no outro, um corte
sob mulher pelada.
"Meu navio não navega (vaga-lume) num nevoeiro, cujo
murmúrio do vento me chama de lixo indigente.
Eu sou um sujeito sujo
mas ainda sou gente."

Mais de mês no mar
limpando o convés.
Gaivotas d'além mar,
a mais de mil pés.
"Mesmo na prancha (olhos vendados) eu não fujo.
Não posso esquecer de lembrar do assunto pendente.
Eu sou um sujeito sujo
mas ainda sou gente."

É um saco de batata
por hora no porão.
Descascar não mata,
mas haja culhão!
"Terra à vista (1ª viagem) é miragem de marujo.
No ar, no mar, na farda - tudo azul me deixa doente.
Eu sou um sujeito sujo
mas ainda sou gente."

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